segunda-feira, dezembro 01, 2008

João Pinto Ribeiro

"O dia 1 de Dezembro de 1640 amanheceu [...] alegre. [...] Tinham combinado os conspiradores juntar-se às nove horas da manhã, no Terreiro do Paço. Meia hora antes já todos ocupavam os seus postos. Chegavam tão tranquilos que perguntando uns dos da sua companhia a João Pinto Ribeiro "Onde iam?" respondeu-lhe sorrindo: "Não se altere. Chegamos ali abaixo à sala real e é um instante enquanto tiramos um rei e pomos outro." [...]
Bateram, finalmente, as 9 horas. De súbito abrem-se as portinholas dos coches; [...] saltam por elas os fidalgos [...] e sobem as escadas do paço. Muitos nobres e populares aguardam impacientes que um tiro de pistola, disparado do palácio, lhes dê sinal de travarem também a luta. Os conspiradores, entretanto, investem a sala da guarda, apanhando os soldados atónitos [...]. D. Miguel de Almeida [...] assomando-se às varandas do palácio [...] bradou com voz sufocada de comoção: "Liberdade, portugueses! Viva El-Rei D. João IV! O Duque de Bragança é o nosso legítimo rei!" [...].
Da praça, onde a multidão se agitava em ondas, respondeu-lhe um trovão de vozes.
[…] Chegaram finalmente os conspiradores à porta dos aposentos de Miguel de Vasconcelos. Bateram os fidalgos e, vendo que a porta não se abria, começaram a despedaçá-la com [...] machados [...]. Miguel de Vasconcelos, sentindo a morte próxima, escondeu-se dentro de um armário de papéis. [...] Descoberto, no mesmo instante [...] atravessaram-no com as espadas [...]. Uns criados, mal o viram caído no chão, segurando nos braços do corpo, arremessaram-no por uma janela. Era o infeliz tão detestado [...] que ninguém se comoveu […]."
In História de Portugal nos Séculos XVII e XVIII de Rebelo da Silva

João Pinto Ribeiro célebre conjurado da revolução de 1 de Dezembro de 1640, nasceu no começo da última década do século XVI em Lisboa. Era filho de Manuel Pinto Ribeiro, natural de Amarante, que ainda jovem partiu para Lisboa tendo regressado à sua terra em 1610 onde viveu até 1646 no lugar de Frariz na freguesia de Lufrei, e de Helena Gomes da Silva, natural da Lixa.
Teve uma irmã, Francisca Ribeira da Silva, casada com Manuel de Sousa Pereira, senhor da quinta de Crasto, na freguesia de Gatão, que então pertencia ao Concelho de Celorico de Basto.
Deste casamento, teve um filho, o capitão António Pinto de Sousa, que viveu em Celorico de Basto na quinta da Refontoura (Gémeos) e depois na quinta de Santo Andou (Arnoia) propriedade de sua mulher.
Será esta a verdadeira ligação de D. João Pinto Ribeiro às terras e gentes de Celorico de Basto?
João Pinto Ribeiro formou-se na Universidade de Coimbra (1607-1617) com o grau de bacharel em Direito-Canónico. Foi Juiz de fora das Vilas de Pinhel e Ponte de Lima; Administrador dos negócios da Casa de Bragança em Lisboa; Agente da aclamação de D. João IV; Cavaleiro da Ordem de Cristo; Guarda-Mor da Torre do Tombo e Desembargador do Paço.
Foi casado com D. Maria da Fonseca, "que se achava no estado de viuvez e com filhos do seu primeiro marido". João Pinto Ribeiro morreu em 10 de Agosto de 1649 sem deixar filhos legítimos ou ilegítimos.

Em reunião da Câmara Municipal de Celorico de Basto, a 12 de Julho de 1940, com a presença do Presidente substituto em exercício, Dr. Joaquim Bernardino Machado Cardoso e os vereadores, Padre Manuel Lopes da Cunha e o Sr. Francisco Teixeira da Silva, e ausência justificada dos vereadores Roberto Vaz Teixeira de Vasconcelos e João Gomes Ferreira, foi aprovada por unanimidade a proposta subscrita pelo vereador Padre Manuel Lopes da Cunha:
Estando averiguado que João Pinto Ribeiro, um dos maiores heróis desse grupo de homens que no primeiro de Dezembro de 1640, numa hora de febre patriótica e num delírio de amor pátrio, resolveu sacudir o jugo estrangeiro que durante sessenta anos escravizara o clero, a nobreza e o povo às mais vexatórias humilhações, tivera o seu carinhoso berço dentro dos limites deste Concelho, na fidalga e risonha freguesia de Arnoia, e comemorando-se este ano o terceiro centenário de tão grande feito, proponho à Excelentíssima Câmara que se levante uma estátua ou busto a tão assinalado herói na Praça ou Jardim desta Vila, fazendo-se a sua inauguração no primeiro de Dezembro do ano corrente. […] Considerando porém as precárias condições financeiras deste município, proponho ainda que se proceda imediatamente a uma subscrição pública para auxiliar as despesas.

O monumento com o busto de João Pinto Ribeiro foi colocado no centro do jardim público da Praça Albino Alves Pereira, em frente ao antigo edifício da Câmara Municipal onde actualmente está instalada a Casa do Agricultor. Com as obras de requalificação do Centro Urbano da Sede do Concelho no ano de 2006 foi deslocado para o extremo da referida praça.

domingo, novembro 30, 2008

Casa do Povo de Celorico

As Casas do Povo foram regulamentadas pelo Decreto-Lei nº 23 051 de 23 de Setembro de 1933.
O Alvará da Casa do Povo de Celorico de Basto foi emitido pelo Sub-Secretário de Estado das Corporações e Previdência Social, em 17 de Março de 1943.
Inicialmente a sua sede social foi na Praça Albino Alves Pereira, em instalações provisórias e sem condições condignas, não deixando contudo de prestar a assistência médica e farmacêutica à população das freguesias de Britelo, Arnoia, Codeçoso, Gémeos e Ourilhe.
Os seus Estatutos contemplavam outros objectivos, nomeadamente "assegurar o exercício da actividade de previdência e de assistência nos casos de doença, desemprego, invalidez e velhice". E por outro lado, "cooperar no ensino das crianças e dos adultos, tendo em vista a elevação do nível de cultura profissional e geral, e o melhor aproveitamento do tempo disponível dos trabalhadores".
A Casa do Povo de Celorico de Basto foi fundada pelo Dr. Joaquim Bernardino Machado Cardoso, que exercia o cargo de Presidente da Câmara Municipal e que nomeou os primeiros órgãos sociais:

Assembleia Geral
Presidente: António Alves Monteiro
Vogal: Francisco Gonçalves
Vogal: António Pereira de Oliveira

Direcção
Presidente: Alberto Fernandes de Freitas
Secretário: Faustino Pinto de Lemos
Tesoureiro: Alfredo Pires

Continua...

sexta-feira, outubro 31, 2008

Motor Clube de Basto

O Motor Clube de Basto é uma associação sem fins lucrativos fundada a 16 de Novembro de 1999, que tem por objectivo a promoção, o fomento, e a prática de desportos motorizados. Com cerca de 350 sócios efectivos, dedica-se a actividades de divulgação do Todo-o-Terreno turístico, percorrendo os montes, vales e linhas de água propícios a este desporto por Terras de Basto.
Sócio n.º 73 da Federação Portuguesa de Todo-o-Terreno Turístico.
É uma associação aberta a todos os sócios que se identifiquem com os desportos motorizados e partilhem os mesmos pontos de vista no que respeita, à aventura, à descoberta e à defesa da natureza e ambiente.
Atendendo às solicitações dos sócios a sua actividade foi-se estendendo para outras áreas de desporto motorizado turístico com a realização de passeios motares e colaboração com associações locais e Câmara Municipal no apoio técnico na área de Todo-o-Terreno.
Com a aquisição de um espaço com 50.000m² a cerca de 3Km da Vila, pretende-se criar uma área destinada ao desporto automóvel e de lazer com a construção de uma pista de autocross, de Trial, de Kart e a sede do clube.

Corpos Sociais
Em 21 de Novembro de 1999, procedeu-se à eleição dos órgãos sociais do Motor Clube de Basto para o biénio 1999-2001, pelos onze sócios fundadores:

Direcção
Presidente: João Paulo Couto Magalhães Alves
Vice-Presidente: Paulo Renato Freitas Ribeiro
Tesoureiro: Ricardo Gonçalves Marinho Lemos
Secretário: Firmino Marques Silva
Vogal: José Paulo Andrade Ribeiro Cunha

Assembleia Geral
Presidente: Carlos Fernando Marinho Moura Peixoto
Vice-Presidente: José Francisco Teixeira Machado
Secretário: José Júlio Cunha Magalhães

Conselho Fiscal
Presidente: José Luís Andrade Ribeiro Cunha
Vice-Presidente: João Manuel Marques Silva
Secretário: José Frederico Lemos Machado

Biénio 2002-2004
Presidente da Direcção: Paulo Renato Freitas Ribeiro
Presidente da Assembleia Geral: Francisco Xavier Pinto Martins
Presidente do Conselho Fiscal: Avelino José Mota Silva Bastos

Biénio 2005-2007
Direcção













Presidente: Avelino José Mota Silva Bastos
Vice-Presidente: João Paulo Andrade Ribeiro Cunha
Tesoureiro: Ricardo Gonçalves Marinho Lemos
Secretário: Pedro Renato Portel Gonçalves Mota
Vogal: José Francisco Teixeira Machado

Assembleia Geral
Presidente: José Francisco Teixeira Machado
Vice-Presidente: Armando Júlio Costa Ferreira
Secretário: João Júlio Cunha Magalhães

Conselho Fiscal
Presidente: José Luís Andrade Ribeira Cunha
Vice-Presidente: Fernando Belchior Teixeira Borges
Secretário: Leonel Carlos Pinto Teixeira

Site: www.motorclubedebasto.pt





sábado, setembro 20, 2008

A Lavoura dos Cães

A freguesia de S. Bartolomeu do Rego, concelho de Celorico de Basto, possui uma das mais curiosas tradições, cujas origens mergulham nos tempos mais remotos da nossa civilização.
Trata-se da “Lavoura dos Cães” e o culto de Artemisa, que decorre durante as Festas de S. Bartolomeu, padroeiro da freguesia, no dia 24 de Agosto.

Continua…







segunda-feira, agosto 11, 2008

Vale de Bouro



A freguesia de Vale de Bouro tem uma população de 812 habitantes e 416 edifícios (Censos de 2001) e fica a cerca de 9 km da sede do concelho.









Orago:
S. Martinho






Pároco:
Padre António Gonçalves





Festas e romarias:
Santa Maria Madalena – Clamor da Roda (3º Domingo de Julho) e Nossa Senhora do Amparo (15 de Agosto).
Património cultural e edificado: Igreja matriz, Pelourinho, Capela da Nossa Senhora do Amparo e Capelas das Casas de Melhorado, do Outeiro e da Ribeira.
Casas brasonadas: Casa de Melhorado, Casa da Ribeira e Casa de Surribas.
Casas solarengas: Casa do Reguengo e Casa da Igreja.
Alminhas: No lugar da Raposeira.
Colectividades: ASCUVA – Associação Cultural e Recreativa de Vale de Bouro, Grupo de Cavaquinhos de S. Martinho de Vale de Bouro e Grupo Desportivo de Vale de Bouro.






Presidente da Junta:

Albino Teixeira da Costa, natural da freguesia de S. Clemente e residente no lugar da Raposeira. Nasceu em 13 de Novembro de 1941, filho de António da Costa e de Maria Teixeira, exerce o cargo de Presidente da Junta desde 1994.









Secretário da Junta:

António Augusto Gonçalves de Freitas, natural da freguesia de Vale de Bouro e residente no lugar de Nespereira. Nasceu em 2 de Fevereiro de 1964, filho de Manuel de Freitas e de Rosa Gonçalves, eleito desde 1994 Secretário da Junta.







Tesoureiro da Junta:

Avelino Mesquita Marinho, natural da freguesia de Vale de Bouro e residente no lugar do Requeixo, Nasceu em 21 de Março de 1950, filho de Laureano Marinho e de Laura de Mesquita, exerce as funções de Tesoureiro desde 1998.







Curiosidades:
  • A freguesia de Vale de Bouro já era mencionada nas Inquirições de 1258 (D. Afonso III) e escrevia-se: Valle de Buyro. Foi vigararia do Mosteiro de Pombeiro.
  • O Clamor da Roda realiza-se desde tempos muito remotos, em honra de Santa Maria Madalena, a quem se pede durante o cortejo, à “roda” de diversos lugares, protecção contra as doenças e graças a favor dos produtos da terra e dos animais.











sábado, julho 05, 2008

A Estela de Vila Boa

No lugar de Vila Boa, freguesia de S. Bartolomeu do Rego, existe um cruzeiro, situado junto à residência paroquial.
Mas, segundo alguns investigadores, no final do séc. I ou principio do séc. II, a ara lavrada dedicada a Io e a Ares estava colocada num cabeço a 300 metros do Penedo da Senhora (ara Gontini > Argontim) que significa estela de Gontim, no actual lugar de Argontim.
A pedra que suporta a coluna do cruzeiro apresenta em duas das suas faces umas inscrições já um pouco apagadas, mas em que se distingue perfeitamente a forma de algumas letras, embora ditadas em grego estão inscritas em caracteres latinos.
Segundo Rogério de Azevedo, em estudo publicado no seu notável livro intitulado “Onomástico Ibérico”, a inscrição de um dos lados significará: “Eu canto Io, embora a terrível enxada me vá aniquilando rapidamente”. E do outro lado: “A onda de sangue também consagrada a Ares, até ao limite dos prados inundados”.
Estas inscrições cantam louvores a duas divindades da Mitologia Helénica: O deus Ares e a deusa Io.
Ares, cujo culto deve ter tido origem entre os Trácios, era o deus grego da guerra, dotado de um corpo agigantado e uma voz de trovão. Por seu lado, os romanos identificaram com ele o seu deus Marte, pelo que Ares e Marte passaram a ser dois nomes de uma mesma divindade, sendo venerado como deus da Primavera e do desabrochar da vegetação.
Também se pode constatar, na segunda inscrição, uma notação musical, e que é de supor tratar-se de uma melodia cantada em honra de Ares ou Marte durante as procissões das Ambarvales, durante o mês de Março, que constavam de cortejos que percorriam os campos, enquanto os sacerdotes benziam as espigas e ofereciam sacrifícios aos deuses. Segundo J. Pires Baeta, “ao passar diante das estátuas de Marte, que estavam então ornadas de grinaldas de flores, o povo entoava melopeias em sua honra”.
Relativamente a Io, uma divindade mitológica, era filha de Inachos, rei de Argos. Zeus, o pai dos deuses, apaixonou-se por ela e transformou-a em bezerra, para evitar que os seus amores dessem na vista da sua esposa Hera.
Os gregos representavam Io como uma mulher com dois pequenos chifres na cabeça.
A Estela de Vila Boa foi erigida em honra destas duas divindades cujo culto é anterior à disseminação do catolicismo na Península, o que lhe confere idade superior a 1850 anos, enquanto o cruzeiro propriamente dito terá cerca de 350 anos.
Por volta do ano 1980 a cruz foi derrubada pelo vento devido à colocação de uma corda que servia de suporte a cartazes partidários numa campanha eleitoral, estando no seu local uma réplica construída em 2000.
J. Pires Baeta considera como muito provável a Estela ter sido erigida pelo fundador de Vila Boa, no planalto de Monte Longo (ou da Lameira), com o fim de invocar a protecção daquelas divindades para a sua recém estabelecida Villa, onde a actividade económica dominante seria já então a criação de gado bovino para venda.
A Estela de Vila Boa foi classificada monumento de interesse público, nos termos do dec-lei 129/77 de 29 de Setembro.

domingo, junho 29, 2008

S. Pedro – Orago de Britelo

S. Pedro é titular da Igreja Matriz de Britelo, concelho de Celorico de Basto e foi-lhe erigida uma estátua na esplanada do centro da vila.
A partir de 1982 (conforme deliberação da Assembleia Municipal de 30 de Junho de 1981) as Festas do Concelho, foram devocionadas a S. Pedro, tendo passado também o dia 29 a Feriado Municipal. Mas por decisão da Assembleia Municipal de 22 de Dezembro de 1986 as Festas Concelhias voltaram a dedicar-se a S. Tiago, tornando o dia 25 de Julho a Feriado Municipal.
No dia 29 de Junho a Igreja celebra a festa de S. Pedro e S. Paulo, uma das doze celebrações mais importantes da Igreja Católica, ou não fosse Pedro o Príncipe dos Apóstolos e o primeiro Papa.
S. Pedro, chefe dos Apóstolos, de seu nome Simão, filho de Jonas, ou João, era pescador do lago de Genesaré. No relato dos evangelhos sobressai, desde o primeiro momento, entre os restantes discípulos e recebe o sobrenome de Pedro, imposto pelo próprio Jesus, com as seguintes palavras: “Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha igreja; e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. E eu te darei as chaves do reino dos céus; e tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus.”.
Depois da ressurreição aparece ao lado de Tiago e de João, como chefe da primeira comunidade cristã em Jerusalém e faz viagens missionárias que o levaram até Roma. Foi lá que sofreu o martírio, crucificado de cabeça para baixo, durante a perseguição de Nero. E é perante a Cruz que pede aos carrascos que o crucifiquem de cabeça para baixo, pois que não é digno de morrer na mesma posição em que morreu Cristo.
A imagem do Apóstolo S. Pedro é apresentada segurando duas chaves, símbolo do poder de ligar e desligar (jurisdição).

A Igreja Paroquial da freguesia de Britelo foi provavelmente construída no século XIX. De construção Barroca, sofreu reformas decorativas no século XX.

sábado, maio 10, 2008

BVC - Bandeira

No dia 2 de Janeiro de 1972 foi entregue a nova bandeira da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários Celoricenses numa cerimónia que decorreu no quartel.
Do programa constou uma missa por alma dos bombeiros e sócios falecidos, romagem ao cemitério e exercícios pelos Soldados da Paz no edifício da Câmara Municipal.
A bandeira foi “criada” pela jovem artesã Fernanda Santos, que na ocasião proferiu as seguintes palavras: “Coube-me a distinta honra de neste momento, momento para mim de grande alegria, e para quantos a devem sentir, de entregar esta Bandeira Nova ao Corpo Activo da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários Celoricenses, a esses Soldados da Paz – que tantas vezes sacrificam a sua vida, por outras vidas, não temendo as labaredas sinistras do fogo, que por vezes destroem vidas e haveres deixando lágrimas e luto no coração daqueles que ficaram sem os seus entes queridos, que, tanta vezes, foram ridente companhia no lar que habitavam.
A Bandeira que tenho nas mãos, e que brevemente entregarei, é qual um coração palpitante que ama e luta contra todas as adversidades em prol do bem comum.
Sirva o meu ideal de mulher, humilde como um afago, - mas forte no sentimento, de regozijo de ele próprio fazer a seguinte saudação:
Avante pelos Bombeiros Celoricenses;
Pelo auxilio moral e monetário que lhe possam dar;
Pela união e pelo progresso desta terra, a terra mais linda do nosso Minho encantador!”.
Seguiram-se os discursos do Presidente da Câmara, Dr. Ernesto Limpo de Faria Leal, e do Presidente da Direcção dos BVC, Sr. Eduardo Moura Peixoto, ambos a incentivar os celoricenses a apoiar esta prestigiosa Associação, e aos bombeiros a dignificarem a sua farda em prol do lema “Morte ou Vitória”.

Direcção (1971 – 1972)
Presidente: Eduardo Moura Peixoto
Vice-Presidente: João Alves Moura Lopes
1º Secretário: Gentil Coelho Ferreira Pinto
2º Secretário: Mário Cândido Pereira
Tesoureiro: José Plácido Gonçalves Palhada